A mais famosa lenda romena tem fama internacional e está fortemente ligada à cultura do país! Sem nunca ter colocado os pés no Leste Europeu, Bram Stoker misturou crenças locais com a figura histórica de um príncipe e deu a eles o cenário enigmático de que precisavam e criou um mito: Drácula, ambientado na Transilvânia.

A Transilvânia é, provavelmente, a região histórica mais conhecida da Romênia. Fica situada no centro-oeste do país, cercada ao sul e ao leste pela Cordilheira dos Cárpatos.

Drácula, de fato, existiu, mas não como vampiro. O personagem histórico que emprestou seu nome à criatura de Stoker, no caso, o nobre Vlad Draculea ou Vlad III ou ainda Vlad Tepes, também conhecido como Vlad, o Empalador.

Como Príncipe da Valáquia, território onde hoje abriga a capital do país, o nobre Vlad III nasceu no ano de 1431, em Sighisoara, e morreu abatido pelo exército Otomano, em 1476, nos arredores de Bucareste.

Vlad lutou pela soberania de seu território, imprensado que estava entre húngaros e otomanos. Seu método para deter os inimigos era feito à moda então em voga na Turquia: a empalação.

Famoso pela crueldade, sua história foi contada em versos e prosas medievais. Assim, para compor seu Vampiro, Stoker pegou emprestada a fama de mau, a descendência nobre e também o nome e características físicas, já que, ao descrever o personagem usa os mesmos atributos dos retratos de Vlad III e assim o escritor irlandês publicou a novela gótica “Drácula”, em 1897.